sexta-feira, 15 de junho de 2012

Yes! Nós temos Bananas! BANANAL !


Sabe aquela cidade que você se apaixona à primeira vista?
Esta é Bananal!



Cidade do Interior de São Paulo, de vida mansa e tranquila, um lugar de amigos que se encontram para jogar cartas no coreto do jardim sem medo da violência dos grandes centros.
O nome Bananal seria uma corruptela da palavra indígena banani, que significa sinuoso. O termo era usado pelos índios para designar o traçado cheio de curvas do rio que passava por ali. Outra versão para a origem do nome relaciona-se com os muitos bananais que existiriam na região.
Seja qual for a origem do nome, a cidade é simplesmente encantadora.


Em Bananal, os "Barões do Café" formavam a elite do Império. Com seu dinheiro, depositado nos bancos de Londres, chegaram a avalizar empréstimos feitos pelo Brasil para enfrentar a Guerra do Paraguai. Financiaram a construção da Estrada de Ferro Ramal Bananalense - que passava pelas fazendas mais ricas e iam até Barra Mansa, no Rio de Janeiro - e trouxeram uma estação ferroviária inteira da Bélgica. Por algum tempo, a cidade teve sua própria moeda. Um dos fazendeiros mais poderosos da cidade, Manoel de Aguiar Vallim, dono da fazenda Resgate, teria ao morrer, em 1878, apenas em apólices da dívida pública, quase 1% de todo papel moeda emitido no Brasil.

Solar dos Vallim - Construída no Centro de Bananal especialmente para as negociações do Café.
Mas o período de prosperidade obtido com o chamado ouro verde não demorou a chegar ao fim. No final do século, as terras começaram a dar sinais de exaustão. A abertura da ferrovia Santos-Jundiaí veio facilitar o escoamento da produção de pontos mais distantes do litoral, propiciando a expansão da lavoura cafeeira no oeste paulista. 

Estação Ferroviária

Estação Ferroviária

A abolição da escravatura, em 1888, enfraqueceu ainda mais a economia da região. Os filhos dos grandes fazendeiros não conseguiriam manter as fortunas herdadas dos pais. As pastagens para criação de gado tomaram o lugar dos cafezais. No entanto, não seriam capazes de restaurar o poder e a riqueza das famílias de Bananal e de todo vale, mergulhadas em brigas por heranças e perdidas na lembrança do período de glória.





Hoje, Bananal procura se reerguer atraindo turistas, não só para conhecer sua História de pompa e riqueza, cujos testemunhos são os belos sobrados da cidade e os casarões de suas fazendas, como também para desfrutar das belezas naturais da serra da Bocaina, onde fica a maior reserva brasileira de mata Atlântica.

O crochê é o artesanato que mantém a renda de várias famílias.

Janela de um Restaurante local.
Ir a Bananal e não visitar a Pharmacia Popular, famosa por conservar remédios do tempo dos Barões, seria o mesmo que não completar a viagem.
Com o falecimento de seu proprietário é incerto seu destino.
Ela é tão interessante que merece uma postagem neste Blog só para ela. Que seja pelo menos por recordação...



À direita o falecido proprietário da Pharmacia Popular.

Conheçam mais um pouco do Centro Histórico de Bananal






Janelas abertas, na calçada, para saudar a vida e o sol.

Janela de Restaurante local.

Restaurante no centro de Bananal

Foram muitas as fotos que fiz nesta cidade adorável, inclusive das Fazendas maravilhosas e luxuosas dos Barões do Café que irei postar futuramente, mas uma imagem me agradou demais, pela simplicidade e pela grandeza de sua interpretação.
Vida Simples!



Obrigada por viajarem comigo nessas imagens.


Até mais...