quinta-feira, 14 de junho de 2012

Fazenda Paraizo - RJ




Esta é uma fazenda é considerada por Esgragnolle Taunay e o Conde D'Eu como:  
o mais belo palacete rural brasileiro, a Rainha das Fazendas e
 que guarda mistérios e tramas consanguíneas. A história do percurso da posse da propriedade, do início do séc. XVIII até os dias de hoje, forma uma trama familiar que une várias famílias das províncias de Minas e Rio numa teia de parentescos consangüíneos e contra parentescos.
Seu atual dono impede a qualquer pessoa, amadora ou profissional, de fotografar dentro dela. Isso só é permitido do lado de fora.
A alegação é de que os flashs poderiam danificar o patrimônio, mas não deve ser bem essa a razão, pois profissionais da fotografia não precisam usar flash para fotografar.
É pena, pois a memória vai se perdendo ao longo do tempo e não conseguimos mais descrever as maravilhas que existem lá dentro. Enfim, ele é o dono e assim sendo "manda quem pode, obedece quem tem juízo".
Apesar disso, vale cada km rodado para ir visitá-la, pois ela é mesmo magnífica. Ao final do passeio saboreamos um delicioso café servido por um descendente de escravo que hoje trabalha com eles (e que também não pudemos fotografar).


"A Fazenda Paraíso pertencia a João Pedro Maynard, freqüentador da Corte Real e companheiro das farras dos príncipes, Miguel e seu irmão Pedro este, futuro Imperador do Brasil e, ambos, futuros reis de Portugal.
Em uma rua de 400 metros, ladeada por palmeiras imperiais, que se abrem no final, em gracioso semicírculo, encontra-se o palacete com a placidez de um solar. Dentro resplandece o luxo, no estilo do mobiliário, na pureza dos cristais e dos espelhos, nas finas tapeçarias, na sobriedade dos damascos, nas pratarias lavradas. Galerias de quadros de valor, museu de raridades, tudo continha a Paraíso do Visconde. Há no térreo, 2 salões, de bilhar e de visitas, 4 quartos, escritório, biblioteca, sala de almoço, copa, salão de costura, capela e várias dependências: banheiros, dispensa e cozinha. No sobrado, salão de recepções, alcançado por majestosa escada (cujos lados tem dois negros de bronze, de tamanho natural, sustentando nas mãos ricos candelabros) e que bifurca para a esquerda e direita, há ainda, sala de armas, sala de jantar onde na parede está pintada “Baía de Guanabara 1800” de José de Villaronga, vasto dormitório, alcova, 20 quartos para hóspedes e vários banheiros. Na fazenda trabalhavam 500 escravos e havia uma banda de música com 50 figuras que tocava nos jantares e festas, sempre opulentos e regados com os melhores vinhos franceses da famosa adega do Visconde. A casa construída entre 1845 e 1853 e tinha iluminação a gás que só chegou a São Paulo em 1870. Até hoje se conservam as senzalas e o hospital de escravos. Domingos Custódio Guimarães, nascido em 1800 e falecido em 1868, é um perfeito exemplo do grand-seigneur do patriciado fluminense."


Infelizmente, por razões descritas acima, são poucas as fotos, mas mesmo assim, compartilho com vocês.









 Até a Próxima Fazenda....



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